🥕 Poupa até 70% na tua fatura de energia sem surpresas.
Entende as cláusulas do teu contrato, compara fornecedores e faz a mudança sem complicações para pagar menos na tua fatura mensal de energia.
Olá a todos, venha daí mais um artigo! Este com um tema diferente e com muita importância no nosso dia-a-dia - a gestão de gastos energéticos.
Este artigo é escrito pelo “amador” André Pedro, fundador e CEO do Manie, que decidiu partilhar connosco a sua história e aprendizagens pessoais para poupar a sério na energia.
Este artigo é ainda apoiado pela startup manie - um novo projeto criado pelo André e outros 3 co-fundadores que nos querem facilitar a vida na gestão da energia.
O manie.pt automatiza a troca de fornecedores de energia, ajudando consumidores e empresas a poupar e a gerir o consumo energético de forma eficiente.
Estamos preparados! Mas antes de arrancarmos, lembro que se quiseres partilhar uma aprendizagem que gostarias de ter aprendido mais cedo, basta fazer como o André, é só enviar um email para: ola@oamadorfinanceiro.pt
Esperamos que gostem do artigo. Contamos com o vosso feedback, e o André também! Let’s go!
Ajudem-me! Fui enganado no meu contrato de energia! (se calhar fui só descuidado e não prestei atenção)
Seguindo uma das principais recomendações dos artigos d’O Amador Financeiro, tenho a certeza que tens um orçamento preparado na tua plataforma favorita – seja Google Sheets, Excel, Notion, Splitwise ou outra qualquer. Nesse orçamento, certamente tens linhas para as tuas despesas recorrentes: Electricidade, Gás, ou até uma versão mais criativa, certo?
Agora, pergunta rápida: quantas vezes já olhaste detalhadamente para a tua fatura de energia? Sabes aproximadamente quanto pagas por Kw/h ou por dia? Sabes os preços atuais praticados no mercado?
Deixa-me contar-te a minha história.
O meu contrato de energia: Uma aventura educativa
Em 2021, regressei a Portugal após alguns anos no estrangeiro. Precisava de fazer um contrato de energia para a casa que arrendei. Sem grande conhecimento sobre o mercado, fui à Loja do Cidadão tratar de outros assuntos e, enquanto lá estava, aproveitei para ir a uma das bancas dos comercializadores de energia. Acho que consegues adivinhar qual escolhi, tendo em conta os principais nomes do mercado em Portugal.
A coisa foi bastante simples. Sentei-me, e em 20 minutos o contrato estava feito. Uns dias depois, já tinha eletricidade e gás em casa. O melhor de tudo? Pagava o mesmo valor todos os meses, independentemente do que consumisse. Além disso, tinha um seguro que cobria a manutenção dos meus eletrodomésticos. Grande deal!
A surpresa dos "acertos"
Os meses foram passando e todos os meses saíam €41.99 da minha conta – sempre certinho, no mesmo dia, o mesmo valor. Para alguém que gosta de controlar o orçamento, parecia perfeito. Até que... chegou ao final do ano. O contrato ainda não tinha chegado ao fim mas recebo uma fatura de mais de €600. O que se passou?! Foi aí que descobri os famosos “acertos” – aqueles ajustes que são feitos para regularizar o consumo efetivo face ao que foi estimado ao longo do ano.
Sabia que os acertos faziam parte, mas confesso que não esperava um valor tão alto. Decidi então começar a investigar outras opções no mercado e percebi que estava a pagar 70% mais por Kw/h do que teria de pagar com o tarifário mais barato. Infelizmente, tive de esperar mais uns meses até ao final do contrato e fiz a troca (pagando ainda mais alguns acertos). Descobri também outro detalhe – já não estava fidelizado ao contrato de energia, mas estava aos serviços de manutenção e como não tinha denunciado o contrato a tempo… Tinha mais uns bons meses a pagar um seguro para eletrodomésticos novos... que ainda estavam na garantia.
Senti-me enganado, mas sabia que parte da culpa era minha. Não tinha investigado as diferentes opções no mercado. Desde então, já troquei de fornecedor cinco vezes (sim, já passei pela EDP, GALP, Plenitude, REPSOL, Iberdrola e Endesa). E adivinhem? Com estas trocas, já consegui reduzir a minha fatura em 70%, aproveitando ainda promoções de eletricidade grátis, descontos em supermercados e outros benefícios que os comercializadores oferecem.
Estas trocas, além de me ajudarem a poupar dinheiro, ajudaram-me a perceber o mercado de electricidade e gás e como somos cobrados pelo que consumimos. Sei, no entanto, que trocar de comercializador ainda não é a norma em Portugal e por isso deixo-te uma questão:
O processo de alteração de comercializador, em Portugal, não tem muita complexidade, apenas alguma burocracia. É um processo que demora cerca de 30 minutos e é algo gratuito e que pode ser feito as vezes que quisermos ao longo do ano porque o mercado é livre e essa alteração não tem qualquer impacto na tua vida, apenas um impacto positivo na tua carteira.
Para começar o processo de alteração é importante percebermos o que estamos a pagar e como nos estão a cobrar, só assim conseguimos ter as cartas todas na mão para negociarmos.
O que é que me cobram na fatura?
Ao olhar para a fatura de eletricidade e gás, encontramos essencialmente três componentes:
Componente fixa: o que pagas todos os dias, independentemente do consumo, para cobrir as despesas de rede, manutenção do contador, entre outras. Este valor é cobrado mesmo que não utilizes eletricidade ou gás.
Componente variável: o valor pago pelo consumo de eletricidade ou gás durante o mês, medido em kWh (mesmo no gás, há uma conversão de m³ para kWh). Esta componente permite perceber o teu padrão de consumo e agir rapidamente se houver variações fora do habitual (exemplo: um eletrodoméstico com defeito que consome mais energia).
Serviços adicionais/créditos ou débitos: aqui aparecem, por exemplo, seguros contratados ou ajustes na fatura, como descontos aplicados.
Há ainda uma subcomponente que merece destaque:
Taxas e Impostos: estão presentes tanto na componente fixa como na variável. Não há forma de reduzir estes valores diretamente, sendo que qualquer poupança nesta área resulta de uma redução no consumo ou no valor pago na componente fixa.
Ok, já tenho ideia de como olhar para a fatura, mas há algum risco em mudar de comercializador?
Mudar de comercializador
Mudar de comercializador de energia não traz qualquer risco nem implica custos. A transição é gerida por um operador independente (OLMC, caso queiras pesquisar), garantindo que não há interrupção no fornecimento. Mesmo que um comercializador encerre a atividade, o que é algo muito raro por si só, o contrato passa automaticamente para o mercado regulado, sem impacto para o consumidor.
A mudança só traz vantagens: poupa-se dinheiro e aumenta-se a concorrência no mercado.Imagina um cenário onde a gasolina é toda igual, não há diferença, não há gasolina pior ou melhor para o motor, é tudo igualzinho em todos os postos de combustível à volta do sítio onde estás, perdes exatamente o mesmo tempo a ir para qualquer posto de combustível e demoras exatamente o mesmo tempo a abastecer. Para qual posto de combustível vais? Quase que aposto que vais para o que tem o preço mais reduzido. Não era incrível isto acontecer? Era fantástico. Agora repara, isto já acontece no mercado energético, nós é que muitas vezes não temos conhecimento sobre o mercado e pensamos que é muito mais complexo do que é na realidade.
Agora que já sei o que pago na fatura e que não há riscos em fazer a alteração de contrato, como posso alterar de comercializador?
O processo de alteração de comercializador é relativamente simples, e divide-se em quatro passos:
Compara o mercado - Vai aos vários sites das comercializadoras ou vai ao site da ERSE - regulador do mercado de energia em Portugal (https://simulador.precos.erse.pt/) e vê os preços dos vários fornecedores de energia no mercado - assim consegues ter uma ideia se estás a pagar muito ou pouco.
Contacta a comercializadora - liga para a comercializadora que escolheste ou submete um pedido no site dessa comercializadora a pedir para aderir.
Envia a documentação - envia a documentação necessária (uma factura, documento de identidade e comprovativo de IBAN no caso de quereres ativar o débito directo).
Assina o contrato - hoje em dia este processo é normalmente feito por telefone, com uma chamada de cerca de 20 minutos para leitura das condições do contrato
That’s it! Se seguires estes passos, garanto que vais conseguir poupar bastante dinheiro numa despesa que é essencial no teu orçamento.
Há agora também uma nova opção no mercado - o manie.
Eu e mais três amigos (o Francisco, o João e o José) começámos a tentar perceber como conseguiríamos tornar este processo ainda mais simples e automático, de forma regular, e foi assim que surgiu esta nova solução. Lembras-te da história dos postos de combustível que descrevi acima? O manie é como se tivesses uma ferramenta que te diz sempre o melhor posto de combustível, de forma automática sempre que algum dos postos altera o preço, sem teres de sair de casa ou visitar qualquer site. Se ainda não experimentaste, adorava saber a tua opinião depois de visitares o site!
Ideia: Se puseres a tua fatura no manie, tens a resposta automática 🙂
Conclusão
Controlar os custos de energia pode parecer uma tarefa complicada, com dezenas de conceitos e só ao alcance de especialistas, mas não é assim:
Foca-te em dois custos específicos e olha para o mercado;
Olha para a tua fatura de forma regular (de 3 em 3 meses, já garantes elevadas poupanças).
Segue os 4 passos que vimos acima:
Começa por comparar o mercado;
Depois, contacta a comercializadora;
Envia a documentação
E assina o novo contrato
Espero que este artigo te tenha ajudado a perceber um pouco melhor o mercado energético e a desmistificar e simplificar alguns conceitos.
Espero também que a primeira coisa que faças agora é ir olhar para a tua factura e reduzir já o que pagas em 40% ou 50%, trocando de contrato - podes usar ese dinheiro para investir ou para colocares no teu fundo de emergência!