🥕 Como usar a Psicologia do Dinheiro a teu favor
Sabias que o dinheiro é mais do que números e contas? Descobre a gerir as tuas emoções e a ter melhores hábitos financeiros!
O dinheiro não é só números e folhas de Excel.
Ele mexe connosco, com as nossas emoções, desejos e crenças. Aprender sobre a psicologia do dinheiro permite-nos entender e ajustar a nossa relação com ele, fazendo escolhas financeiras mais conscientes.
Neste artigo, vamos explorar como as emoções afetam as decisões financeiras e como podes usar esse conhecimento a teu favor.
O que é a Psicologia do Dinheiro?
A psicologia do dinheiro estuda como as nossas emoções moldam as decisões financeiras. Podemos pensar que somos racionais, mas o impacto das emoções é enorme! A relação que cada um de nós constrói com o dinheiro varia: para alguns, é uma fonte de ansiedade, para outros, uma ferramenta para alcançar objetivos.
As nossas experiências iniciais com o dinheiro influenciam muito essa relação. Como o tema era tratado em casa, as conversas sobre poupança ou gastos - tudo isso condiciona o modo como, em adultos, encaramos o dinheiro.
Assim, entender e até redefinir essa relação pode ajudar-nos a fazer melhores escolhas financeiras para a vida.
Como definir a tua personalidade financeira
A tua forma de lidar com dinheiro está ligada a quem és: as tuas experiências, cultura, educação e vivências. Um dos primeiros passos para uma boa gestão financeira é compreenderes a tua própria personalidade financeira.
Eis algumas perguntas que te podem guiar:
Preferes poupar ou gastar? O dinheiro era visto como algo a poupar ou a gastar na tua infância?
Gostas de controlar as tuas finanças em detalhe ou preferes usar sem monitorização?
Na tua família falava-se abertamente de dinheiro?
Queres ganhar mais dinheiro para ter segurança ou estatuto?
Sabes porque compras o que compras?
Se tivesses uma varinha mágica, o que mudarias na tua vida financeira?
Sim, são perguntas difíceis, e é de propósito! Têm de te por a pensar sobre o que fazes, e porque o fazes. Responder a estas perguntas ajuda-te a perceber como as tuas crenças e hábitos moldam as tuas decisões financeiras.
Os padrões aos quais deves estar atento
Todos os dias, tomamos pequenas decisões financeiras e, ao longo do tempo, essas decisões repetitivas tornam-se em hábitos. Agimos sem pensar porque é nos natural, sempre fizemos assim. E muitas vezes, agimos impulsivamente sem perceber o quanto as emoções estão a influenciar esses momentos.
Ao repetires esses hábitos, há alguns padrões comuns que deves estar atento e tentar moderar:
Aversão à perda: como seres humanos, preferimos evitar perdas a ganhar mais. Este medo pode levar-nos a estratégias conservadoras de investimento que, ao longo do tempo, não rendem o suficiente para cobrir a inflação e podem prejudicar o nosso futuro financeiro.
Viés contra a mudança: Muitas pessoas têm dificuldade em mudar hábitos financeiros ou alterar investimentos. Este “conforto” pode levar à inércia e, por vezes, prejudicar as finanças. Por exemplo, mudar para um plano de energia mais barato ou reavaliar os investimentos pode trazer poupanças significativas, basta agir!
FOMO (Fear of Missing Out)1: O receio de perder uma oportunidade pode levar-nos a decisões impulsivas e arriscadas. Como Morgan Housel, autor de "A Psicologia do Dinheiro"2, menciona: “Concentre-se menos em casos de sucesso específicos e mais em padrões amplos e sustentáveis.”
Influência social: Muitas vezes, compramos algo porque está na moda ou porque os outros também compraram. Questiona-te sempre se essa compra é para satisfazer uma necessidade ou apenas para “acompanhar a maré”.
Identidade: Algumas compras refletem quem queremos ser ou como queremos ser vistos, como um carro de luxo ou jantares em restaurantes específicos. Estar consciente de como o dinheiro se relaciona com a identidade pode ajudar-nos a tomar decisões mais alinhadas com o que realmente valorizamos.
Como usar a Psicologia a teu favor
Ui, que processo difícil! Não ser fácil olhar para dentro e ver onde estamos a falhar, mas é um passo essencial para viveres uma vida financeira mais alinhada com os teus objetivos - e poder usar as emoções para o que realmente queres!
O que podes começar a fazer já hoje para influenciar a tua psicologia:
Reconhece as emoções: Identifica o que sentes quando pensas em dinheiro — medo, entusiasmo, ansiedade? Nomeia mesmo essas emoções. Isto permite-te compreender melhor as tuas motivações financeiras.
Reflete sobre as tuas crenças: Se acreditas que o dinheiro “não é para ti” ou que “é preciso poupar sempre”, questiona essas crenças. Elas são realistas? Ou estão a precisar de um ajuste?
Define objetivos claros: Quando sabes o que queres alcançar, fica mais fácil evitar decisões impulsivas. Define metas que estejam alinhadas com os teus valores e torna o dinheiro num meio para as alcançar.
Aprende com os teus erros: Usa experiências passadas para melhorar (porém, não fiques muito tempo preso ao passado!). Gastos excessivos ou investimentos falhados podem servir de aprendizagem, ajudando-te a tomar melhores decisões no futuro.
Conclusão
Entender a psicologia do dinheiro é essencial para uma vida financeira saudável. As nossas emoções, crenças e experiências passadas influenciam as nossas decisões financeiras - e nunca desaparecem! Em vez de as evitares, torna-te consciente desses fatores.
Trabalha a tua relação com o dinheiro, toma decisões mais equilibradas, alinhadas com os teus valores e metas. Assim, transformas o dinheiro numa ferramenta para alcançar o que realmente importa.
Trabalho de Casa
Para consolidar o que aprendeste neste artigo, leva estes exercícios para casa:
Analisa as tuas emoções no momento: quando estiveres a fazer uma compra, observa o que sentes. É algo que realmente precisas ou algo que desejas? De onde vem esse desejo?
Reavalia as tuas crenças financeiras: Escreve 3 crenças que tens sobre dinheiro e questiona cada uma: são úteis ou até te parecem limitadoras?
Planeia um objetivo: Define só 1 objetivo financeiro a curto prazo (uma viagem, primeiro investimento, remodelar parte da casa): detalha um plano para alcançá-los e revisita o plano frequentemente.
Esperemos que este TPC te ajude a ganhar clareza e a tomar melhores decisões, usando o conhecimento sobre a psicologia do dinheiro a teu favor.
Notas de rodapé
tradução livre: medo de ficar de fora