š„ Como funcionam as taxas de juro, a inflaĆ§Ć£o e o grande problema dos economistas.
Neste artigo, explicamos de onde vem a inflaĆ§Ć£o alvo de 2%, o que sĆ£o taxas de juro e os seus 5 mecanismos de aĆ§Ć£o sobre a inflaĆ§Ć£o. E ainda tocamos no grande problema que os economistas enfrentam!
OlĆ” a todos!
Espero que Setembro, com todos os seus regressos Ć s aulas e ao trabalho, tenha comeƧado bem.
Por falar em regressos, Setembro ficou tambƩm marcado pelo regresso aos cortes nas taxas de juro:
No inĆcio do mĆŖs, o Banco Central Europeu desceu novamente a taxa de juro diretora para 3,65%, jĆ” depois de a ter descido em Junho.
Uns dias depois, a Reserva Federal dos EUA decidiu reduzir a taxa de juro sobre o dĆ³lar em 0,50% (50 pontos-base) por considerar que āa economia estĆ” em boa formaā.
Na semana passada, foi a vez do Banco Central ChinĆŖs tambĆ©m voltar a reduzir as taxas de juro de 2,30% para 2%.
Com tantos cortes e notĆcias, os objetivos deste artigo sĆ£o explicar o que significam, qual o racional econĆ³mico por detrĆ”s destas decisƵes e que efeitos terĆ£o na economia.
Vamos a isto!
O que Ć© uma taxa de juro?
A taxa de juro nĆ£o Ć© nada mais, nada menos do que o preƧo do dinheiro. Eu sei que Ć© estranho falar no āpreƧo do dinheiroā, mas o dinheiro tem um custo. Podemos obter dinheiro pagando com tempo e conhecimento (i.e., trabalhando), mas tambĆ©m podemos obtĆŖ-lo aceitando pagar um preƧo (em dinheiro).
Quando pedimos um emprĆ©stimo a um banco, estamos a obter dinheiro que nĆ£o temos e para o qual nĆ£o trabalhĆ”mos. O que fazemos Ć© um acordo para pagar X por ele nos ser disponibilizado naquele momento. Esse X, de forma simplificada, Ć© a taxa de juro.
As taxas de juro sĆ£o usadas para combater a inflaĆ§Ć£o porque influenciam os comportamentos econĆ³micos das pessoas, incentivando ou desincentivando o consumo e o investimento. Mas como Ć© que sabemos que a inflaĆ§Ć£o estĆ” onde queremos para decidir aumentar ou reduzir as taxas de juro?
De onde vem o nĆŗmero alvo de 2% para a inflaĆ§Ć£o?
A taxa-alvo de inflaĆ§Ć£o para os principais bancos centrais, incluindo o Banco Central Europeu, a Reserva Federal dos EUA e o Banco de Reserva da AustrĆ”lia, Ć© de 2% devido Ć procura por estabilidade e seguranƧa.
Estes sĆ£o os argumentos mais usados:
Estabilidade de preƧos e seguranƧa contra deflaĆ§Ć£o: uma inflaĆ§Ć£o de 2% Ć© considerada suficientemente baixa para manter a estabilidade de preƧos e, ao mesmo tempo, evitar os riscos de uma deflaĆ§Ć£o.
A deflaĆ§Ć£o ocorre quando a inflaĆ§Ć£o Ć© negativa: os preƧos descem, o consumo diminui na esperanƧa que desƧam mais, aumenta o nĀŗ de empresas na falĆŖncia por venderem menos e aumenta o desemprego por consequĆŖncia.
GestĆ£o de expectativas e maior conforto para decidir: uma meta clara de 2% ajuda a gerir as expectativas em torno da inflaĆ§Ć£o, o que Ć© crucial para alinhar a economia e permitir Ć s famĆlias e empresas uma tomada de decisƵes sĆ³lidas no que toca a poupanƧas, pedir emprĆ©stimos, fazer investimentos, etc.
Ter em conta o viĆ©s positivo da mediĆ§Ć£o: outro argumento usado Ć© que o valor medido nos Ćndices dos preƧos Ć© normalmente superior ao real, pelo que o nĆŗmero 2% permite alguma folga. Caso a inflaĆ§Ć£o real seja inferior Ć inflaĆ§Ć£o medida (e.g. se apontarmos para 2% mas a inflaĆ§Ć£o real for de 1.5%), existe maior margem atĆ© uma inflaĆ§Ć£o 0 ou negativa e atĆ© um abrandamento econĆ³mico.
Margem de seguranƧa para:
Permitir aos paĆses menos competitivos reduzir os seus preƧos e salĆ”rios para equilibrar a sua competitividade quando nĆ£o Ć© possĆvel desvalorizar a moeda porque todos usam a mesma (como Ć© o caso numa uniĆ£o monetĆ”ria como a Zona Euro).
Permitir uma reduĆ§Ć£o dos salĆ”rios reais em caso de abrandamento econĆ³mico. A explicaĆ§Ć£o aqui Ć© que, como normalmente Ć© difĆcil reduzir os salĆ”rios nominais dos trabalhadores, ter uma inflaĆ§Ć£o de 2% permite reduzir o salĆ”rio real (i.e. o poder de compra), evitando a necessidade de despedir/aumentar o desemprego quando os tempos sĆ£o mais difĆceis.
Proporcionar algum espaƧo para ajustar as taxas de juro nominais antes de atingir o limite inferior efetivo.
Exemplo: com uma inflaĆ§Ć£o de 2%, uma taxa de juro nominal de 0% resulta numa taxa real de -2%. Sem inflaĆ§Ć£o, a taxa real nĆ£o poderia ser reduzida abaixo de 0%, limitando a capacidade do banco central de estimular a economia em perĆodos de crise.
Uma nota importante Ć© que a meta de 2% Ć© suposto ser atingida a mĆ©dio prazo, permitindo flexibilidade a curto prazo para lidar com choques/crises econĆ³micas ou abrandar a produĆ§Ć£o e o crescimento econĆ³mico caso necessĆ”rio.
Os mecanismos de aĆ§Ć£o das taxas de juro
Ok, jĆ” sabemos o que sĆ£o taxas de juros, jĆ” sabemos que controlam a inflaĆ§Ć£o e atĆ© ja sabemos o porquĆŖ dos 2%. Ainda estĆ£o comigo? :)
Agora, vamos perceber como Ʃ funcionam na prƔtica estes aumentos e reduƧƵes das taxas de juro. Tem tudo a ver com o comportamento humano no que toca a gastar/poupar dinheiro e existem 5 mecanismos principais para explicar isto.
Se quiserem ler mais sobre isto ao detalhe, recomendo o livro āCanāt We Just Print More Money?ā escrito por economistas do Banco Central de Inglaterra.
1) Canal da taxa de juro
Em primeiro lugar, Ć© importante saber que quem emite e controla o dinheiro numa economia Ć© o banco central (ou reserva federal). Os bancos comerciais com quem interagimos no dia-a-dia (sim, aqueles onde temos conta) recebem dinheiro emprestado dos bancos centrais e pagam uma taxa de juro por ele.
Quando um banco central decide alterar a sua taxa de juro, os bancos comerciais passam a pagar mais ou menos pelo dinheiro que recebem.
Por sua vez, estes bancos competem entre si para passar este custo/desconto para os seus clientes, tornando-se mais ou menos atrativos.
Eventualmente, a taxa do banco central propaga-se para toda a economia, afetando o comportamento das pessoas atravĆ©s das taxas de juros dos emprĆ©stimos, cartƵes de crĆ©dito, depĆ³sitos, etc.
Este mecanismo chama-se o āCanal da taxa de juroā porque reflete exatamente a influĆŖncia das taxas de juro sobre se devemos gastar dinheiro agora ou poupar agora e gastar depois.
Exemplo adaptado do livro que mencionei em cima:
Assumindo que temos ā¬100 para gastar hoje, e sabendo que amanhĆ£ sĆ³ valerĆ£o ā¬101 se os pouparmos (taxa de juro baixa), o mais provĆ”vel Ć© gastarmos hoje. No entanto, se nos disserem que amanhĆ£ estes ā¬100 podem valer ā¬200 (taxa de juro alta), provavelmente jĆ” pensam duas vezes, certo?
As taxas de juro funcionam assim. Taxas de juro altas aumentam o incentivo para poupar e diminuem o incentivo para gastar, retirando dinheiro da economia, causando um abrandamento do crescimento.
Por outro lado, taxas de juro mais baixas diminuem o incentivo para poupar, aumentando o incentivo para gastar e investir, fazendo com que mais dinheiro volte Ɣ economia e esta cresƧa mais rƔpido. Faz sentido?
2) Canal da riqueza
Em condiƧƵes normais (e em teoria), a subida ou descida das taxas de juro influencia tambĆ©m o valor e o preƧo de vĆ”rios ativos desde aƧƵes de empresas na bolsa, a carros, atĆ© casas e imobiliĆ”rio em geral devido Ć sua ligaĆ§Ć£o com os CrĆ©ditos HabitaĆ§Ć£o.
Como vimos em cima, quando as taxas de juro descem, hĆ” um maior incentivo para gastar/investir. Para alĆ©m disto, como fica mais barato pedir um emprĆ©stimo e fica mais fĆ”cil ter dinheiro para gastar, a procura por ativos como aƧƵes e imobiliĆ”rio aumenta (hĆ” mais pessoas Ć s compras), fazendo com que os preƧos destes ativos subam.
A consequĆŖncia deste mecanismo chama-se āCanal da riquezaā porque quem possui estes ativos enriquece com a sua valorizaĆ§Ć£o, pede mais dinheiro emprestado (porque tem agora ativos mais valiosos para oferecer como garantia), levando a um aumento dos seus gastos, impulsionando ainda mais o crescimento econĆ³mico.
3) Efeito do rendimento pessoal
Um outro importante aspeto da economia Ć© o facto das pessoas serem diferentes, pensarem de forma diferente e agirem sobre o seu dinheiro de forma diferente.
De um lado, temos pessoas que poupam mais e gastam menos, chamemos-lhes os āPoupadoresā. Do outro, temos pessoas que como pedem mais dinheiro emprestado, gastam mais e poupam menos, chamemos-lhes os āGastadoresā.
Para os Poupadores: taxas de juro mais baixas significam que o seu dinheiro poupado rende menos, diminuindo o seu rendimento pessoal mensal. A consequĆŖncia disto Ć© um provĆ”vel maior controlo dos gastos.
Para os Gastadores: taxas de juro mais baixas significam que o seu dinheiro emprestado fica mais barato de pagar, aumentando o seu rendimento pessoal mensal. A consequĆŖncia disto Ć© um provĆ”vel aumento dos gastos porque tĆŖm mais dinheiro disponĆvel.
A verdade Ć© que a maior parte das pessoas faz parte de ambos os grupos. Todos tentamos poupar o que conseguimos e quase todos temos um CrĆ©dito HabitaĆ§Ć£o para pagar todos os meses.
Por isso, o efeito das taxas de juros sobre o rendimento pessoal depende do balanƧo entre Poupadores e Gastadores e das respostas destes face ao seu aumento ou reduĆ§Ć£o.
O que sabemos atĆ© hoje de alguns estudo como este e este Ć© que, quando as taxas de juro baixam, os āGastadoresā tĆŖm uma maior probabilidade de gastar mais do dinheiro a mais que recebem do que os āPoupadoresā poupam ao controlar os seus gastos.
Resultado: o efeito do rendimento pessoal quando as taxas de juro baixam Ć© um aumento dos gastos e, por consequĆŖncia, um aumento da atividade econĆ³mica (como explicado no esquema em cima).
4) Canal dos emprƩstimos mais baratos
Quando as taxas de juro descem, os bancos comerciais conseguem oferecer emprĆ©stimos mais baratos Ć s pessoas e empresas. Isto acontece porque:
Os bancos estĆ£o disponĆveis para emprestar mais dinheiro porque lhes Ć© mais barato o fazer e as pessoas tĆŖm mais garantias (o canal da riqueza aumenta o valor dos seus ativos).
As pessoas/empresas procuram mais emprĆ©stimos porque estes sĆ£o mais baratos e existe um incentivo para gastar/investir dinheiro.
O resultado do aumento de dinheiro a ser gasto/investido na economia Ć© uma maior atividade econĆ³mica.
As pessoas compram mais coisas ā a procura por essas coisas aumenta ā mais pessoas sĆ£o precisas para produzir essas coisas ā aumenta o emprego ā aumenta o nĆŗmero de empresas a produzir essas coisas, etc.
A consequĆŖncia final deste aumento da procura Ć© um aumento da inflaĆ§Ć£o (um aumento dos preƧos) porque existe sempre um atraso entre o aumento da procura e a resposta por parte da oferta. A procura tende a ser mais rĆ”pida a aparecer do que a oferta, logo hĆ” um desequilĆbrio.
5) O efeito na taxa de cĆ¢mbio
Este Ćŗltimo efeito Ć© provavelmente o menos conhecido (ou Ć³bvio) mas bastante importante em economias com moeda diferente do dĆ³lar e maior em economias mais pequenas.
ā A ideia principal deste efeito Ć© que as diferenƧas entre taxas de juros de diferentes bancos centrais causam subidas ou descidas da taxa de cĆ¢mbio das suas respetivas moedas, influenciando a inflaĆ§Ć£o nessa economia.
Exemplo:
Quando a taxa de juro da Reserva Federal dos EUA aumenta mas a do Banco Central Europeu nĆ£o e estĆ” mais baixa, Ć© mais vantajoso ter dinheiro em DĆ³lares Americanos ($$$) do que em Euros (ā¬ā¬ā¬) porque a taxa de juro lĆ” Ć© mais alta e o retorno Ć© maior.
Portanto, o que acontece Ć© que vĆ£o haver mais pessoas a querer comprar $$$ e a vender ā¬ā¬ā¬, influenciando a taxa de cĆ¢mbio entre as duas porque fica mais caro comprar DĆ³lares Americanos com Euros (i.e. a taxa EUR/USD desce).
O resultado disto Ć© um aumento dos preƧos das importaƧƵes (porque fica mais caro comprar coisas em dĆ³lares), levando a um aumento da inflaĆ§Ć£o (na zona Euro neste caso).
O grande problema da economia para os economistas
Se estes mecanismos estĆ£o bem entendidos pelos economistas e atĆ© eu os consigo explicar num simples artigo, porquĆŖ que os especialistas andam sempre Ć s aranhas e sempre atĆ© Ć Ćŗltima para decidir o que fazer?
Bem, o grande problema disto tudo Ć© simples: estes mecanismos demoram tempo a se refletir na economia. Os atrasos entre uma decisĆ£o e os seus efeitos ainda nĆ£o sĆ£o muito bem compreendidos devido Ć complexidade intrĆnseca de qualquer economia.
O livro em que este artigo Ć© inspirado tem um exemplo muito bom sobre isto que diz:
Quem trabalha num banco central a definir polĆticas monetĆ”rias tem o trabalho equivalente a um atirador de elite a tentar acertar num alvo em movimento.
O objetivo nĆ£o Ć© acertar onde o alvo estĆ” agora mas prever onde ele vai estar nos prĆ³ximos segundos e disparar para esse sĆtio de forma a atingi-lo quando ele lĆ” chegar.
Em resumo, os decisores polĆticos passam a vida a definir polĆticas para a direĆ§Ć£o onde pensam que a economia irĆ” e nĆ£o para onde ela estĆ”. Agir sobre onde economia estĆ” atualmente seria jĆ” tarde demais.
Em regra geral, os efeitos de uma polĆtica monetĆ”ria sobre taxas de juro levam entre 6 meses a 2 anos a produzirem efeitos visĆveis na inflaĆ§Ć£o.
ConclusĆ£o
As taxas de juro sĆ£o uma das armas mais poderosa que os bancos centrais tĆŖm para combater a inflaĆ§Ć£o e manter a economia a crescer de forma estĆ”vel e sustentĆ”vel.
De uma forma geral, quando a inflaĆ§Ć£o estĆ” acima do pretendido, sobem-se as taxas de juro para diminuir o incentivo ao gasto, diminuindo a procura e a inflaĆ§Ć£o como consequĆŖncia. Quanto a inflaĆ§Ć£o desce para nĆveis mais confortĆ”veis (em torno dos 2%), os bancos centrais podem descer as taxas de juro para incentivar o consumo/investimento, aumentando a procura e estimulando a atividade econĆ³mica.
Estes efeitos na inflaĆ§Ć£o sĆ£o explicados e bem entendidos atravĆ©s dos cinco mecanismos de aĆ§Ć£o explicados em cima mas o problema Ć© o atraso entre uma decisĆ£o da polĆtica monetĆ”ria e a realizaĆ§Ć£o do seu efeito na economia, tornando o trabalho dos economistas dos bancos centrais bastante complicado e sensĆvel.
Trabalho de Casa
Avalia a tua situaĆ§Ć£o financeira atual e prevĆŖ como uma subida/descida das taxas de juros influenciaria as tuas contas: terias rendimentos suficientes para pagar as tuas despesas caso as taxas de juro subissem mais? E se elas comeƧarem a descer, vais ficar com mais dinheiro disponĆvel? Se sim, o que vais fazer com ele?
Partilha com famĆlia e amigos o que aprendeste neste artigo: um dos benefĆcios de leres O Amador Financeiro Ć© o aumento da tua literacia financeira que podes multiplicar partilhando o que aprendes com outros. Ć isto e pareceres mesmo inteligente na prĆ³xima conversa sobre taxas de juro com amigos š
Espero que este artigo tenha ajudado a perceber melhor como funcionam as taxas de juro e a poderes entender melhor como as prĆ³ximas subidas ou descidas poderĆ£o afetar as tuas finanƧas pessoais.
Se tiveres alguma questĆ£o, deixa-a num comentĆ”rio em baixo!
Se achaste que o artigo foi Ćŗtil e que mais pessoas o deveriam ler, partilha por favor com amigos e familiares. Muito obrigado!
AtĆ© Ć prĆ³xima š„
Bom dia! Onde posso encontrar a bibliografia do artigo? Fiquei interessado nos livros e autores que referenciaste. Obrigado!
Muito bom artigo como sempre!
Achei um pouco confusa esta parte "Assumindo que temos ā¬100 para gastar hoje, e sabendo que amanhĆ£ sĆ³ valerĆ£o ā¬101 se os pouparmos (taxa de juro baixa), o mais provĆ”vel Ć© gastarmos hoje. No entanto, se nos disserem que amanhĆ£ estes ā¬100 podem valer ā¬200 (taxa de juro alta), provavelmente jĆ” pensam duas vezes, certo?"
Ć primeira vista parece que a taxa de juro alta Ć© algo muito bom! Visto que o nosso dinheiro vai render!
Entendo o conceito quando pomos o nosso dinheiro "a render" mas temos o outro lado, mais conhecido, que Ʃ quando pedimos um crƩdito e a taxa de juro Ʃ maior, acabamos a sair "prejudicados", ou seja Ʃ menos bom para quem precisa de um crƩdito, que acho que Ʃ depois o seguimento do resto do artigo, maior taxa de juro, menos pessoas a fazer crƩditos, menos gastos.